Não existem condições ideais – existe a atitude ideal

Chega uma altura em que temos de arriscar. De assumir o que somos, quem somos, e avançar, cumprir os planos a que nos propomos, sejam eles profissionais, sociais, afectivos, pessoais.

De pouco adianta estarmos constantemente à procura da melhor informação, o próximo workshop de desenvolvimento, o próximo retiro, a próxima terapia, o próximo livro de autoajuda… Pouco adianta estarmos à espera que surjam as condições externas ideais para fazermos acontecer. Até porque as condições ideais não existem. Existe sim a atitude ideal, independentemente do exterior. De pouco adianta estarmos constantemente a adiar para depois aquilo que almejamos viver e fazer acontecer.

Os recursos aparecem ao longo do caminho e, de acordo com o momento, veremos e saberemos onde procurar ajuda para assim a implementarmos na prática. Tudo e todos os recursos que necessitamos já estão dentro de nós mesmos, e se desbloquearão e surgirão no momento certo, à medida que se caminha. Seja através de insights ou tomadas de consciência, ou através de algo ou alguém que surge e sentimos que nos possa assistir e ajudar.

Sim, há coisas que não estão nas nossas mãos fazer acontecer ou controlar, e aí há que usar paciência, resiliência e aceitação. Tudo pode ser aprendizagem para crescimento e evolução. Mas há momentos nas nossas vidas onde é o conformismo e a procrastinação interior fruto de crenças antigas que sabotam o nosso bem-estar e realização.

Quando atravessamos o medo de “falhar”, damo-nos conta que o maior falhanço que pode haver é escutarmos a voz interna do medo, em vez daquela vozinha que, abafada, sussurra no nosso peito.

Por vezes demasiada informação gera dispersão, gera ruído, gera hipnose e letargia. Gera obstipação mental, por não haver motivação e predisposição genuína e real para a implementação e digestão de tanta teoria na prática no terreno.Há que agir, passar à ação, e isso muitas vezes significa estarmos dispostos a abrir mão da ideia do que somos para o que nos podemos tornar. Abrir mão do nosso eu antigo que nos mantém congelados e presos, no registo de vítimas do destino.

Porque a vida, é agora. E espera pela tua atitude alinhada com o profundo em ti.

Não vivas à espera que aconteça – vive fazendo acontecer!

E lembra-te…”A quem muda, Deus ajuda”

Jorge Miguel Porfírio