É o inconsciente por detrás de cada palavra ou ação consciente que reverba com a natureza da vida. Por isso, quem opera desde aspectos pessoais por transcender tem muitas vezes da vida não aquilo quer quer, mas o que precisa, de forma a experienciar de forma objectiva, fisica e prática a oportunidade de inclusão e transcendência de partes de si mesmo enquanto ser humano em evolução e crescimento.
Profundidade consciente, ou espiritualidade, é simplesmente reconhecer dentro de nós mesmos as barreiras que erguemos contra a natureza essencial da vida, no domínio subjectivo.
Poderá assim a vida fluir de forma natural, com menos fricção e mais naturalidade em harmonia com o ambiente.
Para cada situação de emergência estrutural, uma oportunidade de mudança de paradigma. A filosofia na base de uma sociedade desempenha a sua função até deixar de estar alinhada com a natureza essencial da vida e compromete o fundamental da experiência do ser humano – a sua própria sobrevivência.
Se tu queres um edifício inteiramente novo, não o podes construir com as mesmas ferramentas e recursos da anterior estrutura. Nem podes esperar que ele venha de fora, pois essa era a base da estrutura anterior… o ter, de fora para dentro. Então, para algo fundamentalmente novo acontecer, implica aceder a uma nova dimensão de conhecimento e informação. Só assim se pode aceder ao novo, ao que o indivíduo não sabe ainda ser, de dentro para fora.
Para dentro é a única saída… Ser espiritual é isso… a capacidade de te voltares para dentro, atravessando membranas, fronteiras e barreiras internas, reinventando-te, e doares-te à vida. Sim, é preciso coragem… mas o essencial está contigo. Afinal não será isso o fado?
O futuro segue o teu presente, tal como o presente inclui o teu futuro.
Namaskar
M.